Trabalhadores do setor aéreo ameaçam paralisação em Congonhas

Protesto pode ocorrer na quinta-feira caso a TAM não suspenda a demissão de 811 funcionários
<p>BRASÍLIA - Representantes de trabalhadores do setor aéreo defendem a suspensão da demissão de 811 funcionários da TAM e dizem que falta estabelecer um novo modelo para esse tipo de transporte no País. Sindicatos que se reuniram nesta terça-feira, 6, com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, ameaçam inclusive uma paralisação no aeroporto de Congonhas (SP), que eles classificam como o &quot;coração da aviação&quot;, se a empresa não suspender as demissões. A previsão é que ocorra na próxima quinta-feira, das 6 horas às 8 horas.</p>
<p>O ministério do Trabalho informou que Manoel Dias já iniciou contatos dentro do governo para checar possíveis encaminhamentos e medidas cabíveis.</p>
<p>Para o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos, Uébio José da Silva, existe um problema estrutural. &quot;O governo federal não cria modelo para transporte aéreo e nem copia o de outro País&quot;, criticou. Ele diz que a TAM anunciou as demissões sem negociar com os trabalhadores e que a empresa procurou os sindicatos dos funcionários que operam em solo para dizer que eles não seriam afetados pelos desligamentos. Esses empregados, entretanto, não acreditam que as demissões vão parar. &quot;A demissão de 811 funcionários é o ponto de partida&quot;, disse Silva.</p>
<p>Insegurança. Trabalhadores do setor afirmam que a segurança dos voos está em risco, já que os profissionais que sabem que serão demitidos estão operando. &quot;Você imagina um piloto fazendo 12 horas de trabalho já sabendo que será demitido? Essa instabilidade não é razoável em um ambiente que é de uma complexidade enorme&quot;, afirmou João Pedro Leite, presidente do Sindicato dos Aeronautas do Município de São Paulo.</p>